Um dos pontos presentes na visão futura do aeroporto de Lisboa é que este reforce a sua capacidade enquanto aeroporto HUB, isto é, que seja capaz de melhorar de uma forma competitiva a transferência de passageiros pelas várias conexões que dispõe. Uma eventual separação do aeroporto em dois locais desligados viria limitar a competitividade face a outros HUBs europeus. Para viabilizar o crescimento da capacidade de transferência de um aeroporto tipo HUB numa cidade europeia de dimensão média (metrópoles como Londres, Paris e Istambul são casos à parte) é primordial manter o tráfego aéreo unificado* para garantir que a procura de melhorias constantes em termos de eficiência e gestão operacionais são analisadas de uma forma holística.
A nossa Proposta
II – Antecedentes de “Portela + 1”
O porquê de, no passado, a decisão ter sido um só aeroporto na margem sul para atender às necessidades de aumento de capacidade do aeroporto de Lisboa:
Estudo de viabilidade de solução “Portela +1” – NAER (2007)
O estudo NAER sobre a viabilidade da solução “Portela + 1” apresentado na Assembleia da República em Junho de 2007 desaconselhou a operação simultânea de duas infraestruturas, por conflitos na gestão aérea e dificuldade na distribuição de tráfego entre aeroportos.
III – Enquadramento decisório em 2018
Factores relevantes na decisão aeroportuária
Situação económico-financeira em Portugal:
1. A intervenção da troika em 2011 com a suspensão dos investimentos e redução do endividamento público levou a:
a) Paragem dos dois grandes projetos nacionais, o ferroviário Alta Velocidade e o Novo Aeroporto de Lisboa.
b) Alteração no modelo de privatização ANA com prazo de concessão até 2062, privilegiando o encaixe financeiro.
IV – Proposta da concessionária ANA-Vinci como solução provisória até a construção do novo aeroporto
O primeiro ponto que vemos relevante mencionar é relativo à proposta da Concessionária, já que foi esta que definiu o âmbito do estudo e o encomendou à Eurocontrol. Este estudo teve o objetivo de avaliar qual das pistas existentes nas bases aéreas na envolvente de Lisboa poderia, em conjunto com Portela 03-21, ter uma capacidade de 72 mov/h. No caso das Bases Aéreas do Montijo e Alverca foram consideradas as pistas:
V – Contextualização e apresentação da solução inovadora HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso
Contexto
1. A singularidade evolutiva do aeroporto de Lisboa
Para entender a proposta que apresentamos acreditamos ser importante descrever a evolução do aeroporto de Lisboa até aos dias de hoje.
Em primeiro lugar, o coexistente paralelismo entre pistas dos aeródromos de Portela e Alverca foi alterado nos anos sessenta. O primeiro aeródromo nacional nasceu onde hoje é a Base Aérea de Alverca, com apenas uma pista com orientação 04-22 e foi de uso civil até aos anos quarenta, quando se inaugurou, mais perto de Lisboa, um novo aeroporto. A aviação comercial transferiu-se para este novo aeroporto, ficando Alverca para uso militar de manutenção aeronaves (OGMA) / Depósito.
VI – “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso” tem igual capacidade face ao Campo de tiro de Alcochete mas é mais eficiente
A proposta “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso” tem igual capacidade face ao Campo de tiro de Alcochete mas com um nível de eficiência superior quanto à disponibilidade do terreno, timing de entrada em operação e entrosamento logístico e com um nível de eficiência semelhante em ruído e risco. [Read more…] about VI – “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso” tem igual capacidade face ao Campo de tiro de Alcochete mas é mais eficiente
VII – “HUB Alverca longo-curso/Portela médio-curso” poupa mais de 6.000 M€ de investimento direto
VIII – Planeamento
A colossal diferença do volume de trabalhos e o impacto ambiental entre o aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete e a solução “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso”
O aeroporto em Alcochete carece de uma medida intercalar na base aérea no Montijo, pelo facto de demorar pelo menos uma dezena de anos a entrar em funcionamento. Este motivo obriga a mudanças operacionais (nesta e noutras bases aéreas), a reformular o canal de navegação dos barcos da ligação a Lisboa e proteger as margens do estuário da erosão da ondulação, e ainda a aumentar o sistema de pista mais de 500 m sobre sapal. Adicionalmente, a excepcional dimensão do aeroporto de raiz no Campo de Tiro de Alcochete com uma plataforma de mais de 2.000 hectares aumenta os problemas da intervenção, obrigando a cortar alguns milhares de árvores e a encontrar outro local para um campo de tiro de dimensão similar (de desconhecido impacto), havendo necessidade de se eliminar uma barragem/desviar uma ribeira/ construir quatro canais e bacias de sedimentação e movimentar 30 milhões de m3 de terras. Esta é uma intervenção de amplitude extraordinária que soma ainda outro projeto de singular impacto, a ponte rodoferroviária Chelas-Barreiro, e ainda mais 55 quilómetros de ferrovia.
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