Esta é uma proposta autónoma-independente promovendo o desenvolvimento de Lisboa como HUB intercontinental de tráfego aéreo, e capaz de rapidamente resolver o presente obstáculo aeroportuário ao crescimento turístico de Portugal, sem comprometer a segurança / competitividade / sustentabilidade no horizonte da concessão aeroportuária (ano 2062).
Tem como principais objectivos:
- Promover um debate construtivo com uma participação pública esclarecida numa decisão que é complexa, de importância estratégica para o país e com consequências a longo-prazo;
- Alertar para as consequências (económicos, sociais e ambientais) de algumas das propostas em análise pelo Estado e concessionária;
- Apresentar uma solução inovadora que achamos que deve ser estudada de forma exaustiva pelo LNEC (ao ser um organismo independente com capacidade técnica e conhecimento das restantes propostas apresentadas);
- Propor uma resposta ágil a um problema já existente que afecta tanto habitantes como passageiros do aeroporto de Lisboa.
A inovação-base da proposta é a criação de uma nova pista em Alverca, o que representa uma situação nunca antes analisada, paralela à pista principal da Portela, formando assim um par de pistas paralelas independentes.
Os artigos presentes neste site pretendem abordar o contexto das decisões tomadas no passado, a atual alteração do panorama económico-financeiro e o seu impacto na atual decisão aeroportuária, a proposta da concessionária Ana-Vinci e, finalmente, a apresentação de uma proposta inovadora e os seus impactos.

A actual proposta da concessionária, que acreditamos ser redutora, prevê:
- Dois aeroportos desligados: Portela 1 Pista e Montijo 1 Pista;
- A mistura do uso civil com o uso militar;
- A eliminação da pista windshear na Portela;
- Extensão total de pistas: 6.100 m;
- Solução intercalar – máximo de 100 stands-aviões (sem pista windshear);
- O aumento prejudicial de aeronaves de maior envergadura em horário alargado na cidade;
- O desvio das aeronaves menores (de médio-curso) para plataforma fora da cidade cujo acesso de passageiros terá de ser feito por barco ou por via rodoviária com portagem;
- Sem conectividade ferroviária e logística.
Os pilares da solução global que defendemos, e que é a antítese da concessionária, assentam em:
- Apenas um só aeroporto HUB-dual (Alverca 2 Pistas / Portela 2 Pistas);
- A separação entre o uso civil e o uso militar;
- A manutenção da pista windshear na Portela, em sintonia com posição da APPLA (Associação dos Pilotos Portugueses das Linhas Aéreas);
- Extensão total de pistas: 15.050 m;
- Solução definitiva – até 160/170 stands-aviões (com pista windshear);
- O desvio das aeronaves de grande envergadura da actual plataforma citadina (Portela) para a plataforma exterior (Alverca), concentrando longo-curso/transferência;
- Focar a plataforma citadina nas aeronaves de médio-curso, já que estas apenas operam em horário reduzido, o que supõe uma melhoria de bem estar para a população da cidade;
- O acesso ao resto do país e à área metropolitana de Lisboa por via ferroviária, aproveitando a infraestrutura existente (linha do Norte);
- O acesso a Lisboa por via rodoviária sem portagem;
- Entrosamento no coração da logística nacional (núcleo Bobadela-Alverca-Carregado).
Informação chave da proposta “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso”:
Área útil total: 950 ha (Alverca 620 + Portela 330)
Indicativo balanceamento de tráfego: Alverca 2/3: Portela 1/3
Capacidade: Até 55-60 MPAX (milhões de passageiros) com sistema 4 pistas → 400.00-450.000 mov/ano com ponta de 1.000 dia:
- Par de pistas paralelas independentes com 3.700 m + Pista “quase” paralela com 3.100 m;
- Pista 17-35 cruzada windshear com 2.400 m;
- Usabilidade ≥ 95%.
Terminais Passageiros: Portela T1 e Alverca T2 interligados por comboio automático em 10 minutos
Manutenção de aeronaves: Portela: TAP Engineering + Alverca: OGMA.
Acessibilidade ferroviária: Metro + Suburbano + Nacional + Ligação direta ao centro da cidade.
Acessibilidade rodoviária: Sem portagem: A1/ IC2 /CRIL + Com portagem: CREL
Principais vantagens da proposta “HUB Alverca longo-curso / Portela médio-curso” apresentada:
- Intervenção em Alverca sem dependências: As obras necessárias são apenas em Alverca e são independentes de outras actividades;
- Sem necessidade de alterações operacionais: A proposta HUB Alverca / Portela satisfaz as condições técnicas da NAER e do contrato de concessão ANA e não precisa de mudanças operacionais militares nem de novo atravessamento do Tejo. A sua operação em Alverca começará em 2020, entrando em plena operação em 2022 com uma capacidade de 45 milhões de passageiros;
- Preserva a separação de uso civil e militar: Não altera tandem original da Base Aérea do Montijo e Campo de Tiro de Alcochete;
- Redução do impacto na população: O HUB Alverca / Portela reduzirá o risco e ruído sobre os habitantes de Lisboa e não irá provocar ruído de sobrevoo sobre os habitantes do Barreiro (o número de voos sobre residentes de Lisboa e Barreiro será 3 vezes inferior), captará mais turistas por melhor / mais barata acessibilidade ao centro da cidade, área metropolitana e resto do país;
- Eficiência da gestão do espaço aéreo: O par de pistas paralelas Alverca-Portela será similar a um par de Denver, que consideramos o aeroporto com o melhor sistema de pistas a nível mundial;
Comparativo posicional de par de pistas desfasadas:
Denver (branco) e Alverca-Portela (azul) - Redução do esforço económico necessário: O HUB Alverca / Portela poupará 5.500-6.500 milhões de euros de investimento no comparativo com equivalente solução que abrange a solução provisória do Montijo com posterior aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, um 3º atravessamento do Tejo e um extenso rol de alterações sem criação de valor;
- Eficiência económica: O custo por metro linear de pista associada à solução em Alverca é 5 vezes inferior à solução da concessionária, para um volume de tráfego que será 3 vezes superior (Alverca suporta até 45 milhões de passageiros, ao passo que Montijo apenas 15 milhões);
- Eficiência ambiental: O nível de emissões de CO2 devido ao transporte de passageiros e trabalhadores será 5 vezes inferior à solução da concessionária. Adicionalmente, no abastecimento de jet fuel será eliminado o transporte através de camiões-cisterna, acabando-se assim com as emissões de CO2 dos milhões de quilómetros do constante vaivém entre armazenagem de Aveiras e Portela. Minimização também do impacto sobre as comunidades de avifauna da Zona de Proteção Especial do Estuário do Tejo relativamente à solução baseada no Montijo, reduzindo os riscos de colisão entre as aves e as aeronaves. Beneficiação das condições de circulação do estuário do Tejo na envolvente da zona intervencionada.
- Eficiência competitiva: Lisboa será tão ou mais competitiva na atração do turismo que os concorrentes directos Madrid e Barcelona (que já fizeram as ampliações aeroportuárias) e conseguirá manter a competitividade com Dublin (que está a ampliar capacidade aeroportuária e o raio de ação da aviação disponível) pela atracção do mercado EUA e Canadá.